Os passos da estratégia de presença digital

O crescimento e a importância das redes sociais fazem delas pontos fundamentais das políticas de marketing das empresas. O alinhamento dessas ferramentas com a estratégia das organizações é apontado por especialistas como crucial na busca por bons resultados. E o diretor da Iva, Carlos Salinas, menciona alguns passos básicos na construção da presença digital corporativa

Interessantes dados apresentados por artigo divulgado aqui na Comunidade Mundo Iva dão a dimensão do fenômeno comunicacional que a Internet e as redes sociais representam. No Brasil, por exemplo, apesar de o número de adeptos da web ainda girar em torno de apenas 37% da população, as políticas de inclusão digital e a redução de custos com a conexão doméstica promovem o crescimento anual do número de usuários, como bem aponta a matéria.

De acordo com o autor do texto, que é presidente da seccional fluminense da Associação Brasileira de Agências Digitais, as redes sociais podem ser consideradas importantes catalisadores desse processo de inclusão digital. Roberto Bricio menciona que essas ferramentas englobam uma faixa populacional que antes não sentia necessidade de se conectar e agora usufrui da possibilidade de absorver informação, consumir e se relacionar profissional e socialmente via esses canais.

Como resultado desse instigante cenário, torna-se necessário às empresas não apenas estar online, mas desenvolver uma política de presença digital que leve em conta a adequação aos novos modelos de relacionamento com o público pressupostos pelas redes sociais. Pesquisa mundial citada pelo texto de Roberto Bricio dá conta de que 80% das empresas entrevistadas pretendem aumentar investimentos em projetos digitais; motivadas principalmente pela força competitiva e pelo comportamento do consumidor.

Para o diretor da Iva, Carlos Salinas, as redes sociais promoveram uma reformulação no questionamento das empresas quanto à utilização das ferramentas tecnológicas em gestão estratégica. “Houve um momento em que as corporações se perguntavam se deviam ter um site. Hoje é fato que isso faz parte do pacote básico de comunicação de qualquer empresa. Agora, os gestores se perguntam se devem estar nas redes sociais. Me parece que essa presença também já está se tornando pressuposto; a questão é definir com quais critérios a empresa vai utilizar as redes “, afirma.

Salinas entende que as redes sociais abrem ótimas possibilidades colaborativas nas políticas de marketing das empresas, com benefícios claros nas estratégias de campos como a construção de marcas. No entanto, como alerta o diretor da Iva, é fundamental definir pressupostos de conteúdo que vão orientar a existência dos perfis corporativos. Na visão do executivo, a política de presença digital corporativa deve ser desenvolvida a partir de alguns passos fundamentais.


“No primeiro momento deve haver planejamento, depois é preciso alinhar a presença nas redes com a estratégia da empresa. O terceiro passo é definir quais integrantes da equipe estarão diretamente envolvidos e participando ativamente dessa estratégia; e que devem ser preferencialmente pessoas engajadas nessa cultura digital e com formação que as credencie para tal. Por fim, também é fundamental utilizar métricas capazes de dimensionar os resultados das ações”, argumenta.

De acordo com Carlos Salinas esse conjunto de fatores, bem alinhado com a estratégia corporativa, é o que constrói uma relação de engajamento que permite às equipes comerciais, inclusive, utilizar as redes sociais para atrair, conquistar e fidelizar clientes. Para atingir esse resultado, como bem observa o diretor da Iva, também é preciso entender que o público, via redes sociais, tem uma relação participativa e horizontal com o conteúdo disponibilizado; com mais poder para disseminar opiniões positivas e negativas.

“É uma atmosfera que, certa forma, recria o contexto do famoso boca-a-boca. Então, se a empresa promove um evento, por exemplo, é muito válido estimular a equipe a divulgar nesses canais; tem mais impacto receber essa informação pelo compartilhamento de um amigo. Mas isso jamais pode ter cara de spam. A linguagem tem que ser apropriada, porque as corporações estão mais expostas às opiniões de quem interage. Nas redes sociais, o usuário não é apenas número: tem nome, gostos, preferências; se expressa.”, complementa Salinas.

Por fim, o diretor da Iva deixa outra dica valiosa. Ele acredita que serão bem sucedidas as estratégias de empresas que criem perspectivas de interação entre o mundo real e virtual. Nesse sentido, valem iniciativas que agreguem no mundo offline, as comunidades reunidas pelos perfis das empresas nas redes sociais. Aproveite as dicas e invista na sua presença online da sua empresa.